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Piores escolas reduzem aula por falta de água em São Paulo

Os alunos das piores escolas de 1ª a 4ª série e do ensino médio na cidade de São Paulo perdem de duas a três aulas por dia (de um total de cinco) porque as unidades enfrentam uma série de problemas, que vão da falta d'água --que provoca a interdição dos banheiros-- à ausência de professores. A situação ocorre desde o início do ano letivo, em 16 de fevereiro.
As duas escolas ficam no mesmo lugar: a Vila Brasilândia (zona norte), distrito que recebeu a pior avaliação dos moradores no caderno DNA Paulistano, publicado pela Folha em 2008. É ali onde também fica a escola Deputado Luiz Sergio Claudino dos Santos, instituição de 1ª a 4ª série que mais piorou, segundo o Idesp (instrumento de avaliação das escolas estaduais criado em 2007), divulgado anteontem. Na pior escola de 1ª a 4ª série, a Dr. Genésio de Almeida Moura, que teve 1,08 no Idesp --o máximo é dez--, a situação relatada por alunos e pais é crítica: ratos no local, pombos no refeitório e uso de drogas.
Segundo os pais, o problema se arrasta desde 2008, quando o Idesp da escola caiu 47,8%.
Os pais também se queixam da falta de dedicação de professores. "Transferi minha filha de escola neste ano", diz a dona de casa Francisca Batista. Segundo ela, uma das professoras da filha chegou a escrever carroça com dois "s".
A Folha entrou ontem na escola e viu três banheiros interditados. Na saída, um aluno pediu para usar um deles e uma funcionária disse que não poderia. As salas estavam sujas. Nesta semana, houve uma reunião com pais e a nova diretora. "Vamos ver no que dá agora", diz Luciane Nunes, mãe de uma aluna. A diretora não quis dar entrevista. Na escola Professor Renato de Arruda Penteado, a pior no ensino médio, a situação não é diferente: banheiros sem água e é comum não ter aula.
Em 2008, a escola caiu 37,5% e atingiu o índice de 0,4 (também de uma escala de 0 a 10) -o pior das 573 escolas da cidade no ensino médio.

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